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Se você vai à Tailândia com certa frequência, é bem provável que já tenha recebido pulseiras brancas em algum momento dessas viagens. Ao contrário da simplicidade que possa aparentar, essa pulseira de algodão, chamada de "Sai Sin", é repleta de significados e é sobre ela que vamos falar neste post!
O significado do Sai Sin
O Sai Sin pode ser oferecido a você por um tailandês e até mesmo um monge. Mas antes disso, saiba que a linha que compõe a pulseira foi abençoada por um monge budista. O Sai Sin dá proteção e saúde a quem o usa e sua cor normalmente é branca por representar a pureza no budismo; mas dependendo da região em que você está e da ocasião, pode ser que o Sai Sin tenha outras cores, como o vermelho. O sagrado fio branco não é usado apenas no pulso. Ao visitar um templo tailandês em um importante feriado budista, certamente você verá linhas de barbante branco ‘saindo’ das principais imagens de Buda e passando por toda a extensão do templo.
O Sai Sin em cerimônias budistas
Ele está presente em diversos ritos na Tailândia, incluindo casamentos e funerais, além de cerimônias de bênção quando alguém se muda para um novo lar. Nos casamentos tradicionais, o Sai Sin se conecta à cabeça do casal de noivos. Amigos e familiares também amarram Sai Sins nos pulsos dos noivos. Já em alguns funerais tailandeses, o fio branco pode ser visto ao redor do crematório (em três voltas) para desejar boa sorte ao falecido e proteção na próxima vida.
Em cerimônias maiores, geralmente há uma grande bola de barbante que primeiro envolve a imagem de Buda para depois ser passada aos monges. Feito isso, o fio é passado para todos os demais presentes. Nesse momento, todos estão fazendo a saudação Thai (conhecida como wai, em que as mãos estão unidas em frente ao rosto). O fio passa entre as mãos até chegar à cabeça onde é amarrado após algumas voltas, mas também pode ficar apenas ao redor dos dedos. O importante é que o fio conecte todos aos monges e à imagem de Buda. Simbolicamente, o cântico entoado pelos monges e o mérito envolvido são então transmitidos ao longo do fio, alcançando todas as pessoas presentes.
Há alguma regra de etiqueta para uso do Sai Sin?
Você não precisa ser budista para aceitar o Sai Sin. Normalmente ele é oferecido como um ato de hospitalidade, então pense nele como um amuleto da sorte se alguém quiser amarrá-lo no seu pulso. Nunca recuse o Sai Sin pois será desrespeitoso com quem está oferecendo-o a você.
Caso esteja em um templo e um monge queira amarrar o Sai Sin em torno dos seus pulsos, é educado fazer uma pequena doação, de pelo menos 20 bahtes (moeda tailandesa), em uma das caixas que estão disponíveis para isso. Uma curiosidade é que como monges e mulheres não podem se tocar, ao ver um monge prendendo o Sai Sin no pulso de uma mulher, repare como ele é cuidadoso para não encostar nela.
Como nós já te contamos, o Sai Sin carrega o mérito e a proteção como significados e ao assumir a forma de um círculo (seja em volta do pulso ou da cabeça), acredita-se que o fio tenha um poder protetor ainda mais forte por seu formato contínuo.
Ao usar o Sai Sin, não pense que é preciso mantê-lo por meses ou esperar que ele ‘caia’. Seguindo a crença budista, você pode usá-lo por pelo menos três dias. Isso porque o três é um número muito significativo para eles por representar a Joia Tripla ou as Três Joias do budismo: Buda, Dharma (os ensinamentos de Buda) e Sangha (a vida monástica). Assim, ao usar o seu Sai Sin por esse tempo você mostrará que apreciou o presente recebido. Para removê-lo a dica fica por conta das tradições antigas que dizem que você deve desatar o fio suavemente ao invés de cortá-lo.